quarta-feira, 16 de julho de 2008

Judas Priest - Nostradamus


Por Rafael Ordóñez

O Judas Priest, banda britânica formada no final dos anos 60, e que atualmente conta com Rob Halford no vocal, a dupla Glenn Tipton e K.K. Downing nas guitarras, o baixista Ian Hill, e Scott Travis nas baquetas, é de importância e popularidade não menos que invejável no cenário Heavy Metal mundial, tendo influenciado várias outras grandes bandas, não só no que concerne ao som, mas também no que se refere ao visual composto por adornos de couro e ferro.


Com uma discografia recheada de verdadeiros clássicos, como British Steel, Screaming For Vengeance e Painkiller, a banda agora presenteia os fãs com mais um trabalho de estúdio, o aguardado Nostradamus. Duplo, o álbum é conceitual e conta a história do profeta francês do século XVI Michel de Nostredame, popularmente conhecido como Nostradamus.

Por se tratar de um obra conceitual, foi realizado um excelente trabalho de ambientação em cima das faixas, ou seja, houve presença de orquestra e uso algumas vezes excessivo de teclados. O álbum já abre com a instrumental Dawn Of Creation, e introduz o ouvinte à um contexto diferente do que se espera de uma banda de Heavy Metal tradicional como o Judas Priest.

Ao decorrer das faixas, são encontradas passagens que rapidamente remetem ao álbum anterior, o ótimo Angel Of Retribution de 2005, onde já se pode encontrar algumas passagens mais experimentais, como na longa faixa Lochness. No entanto, ainda existe em Nostradamus o que muitos fãs esperam do "Padre Judas", ou seja, aquela velha pegada da banda que, de cara, já é assimilada por qualquer fã. É quase impossível não sair cantando o refrão de Prophecy após sua audição, e, apesar do uso de vários elementos para "enfeitar" o som, como corais e demais efeitos, a faixa título, penúltima do disco, é puro Judas Priest.

No mais, Nostradamus é quase todo ambientação, e como já disse, não muito do que se espera do som tradicional da banda. Se o objetivo foi experimentar em um álbum conceitual, ele está mais do que cumprido. Porém, no que se refere ao som, este último trabalho do Judas dividiu opiniões.

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