sábado, 26 de julho de 2008

terça-feira, 22 de julho de 2008

Final Fantasy IV: é a SquareEnix domimando o portátil da Nintendo


Por Fernando Rodrigues

Não existe gamer que nunca ouviu falar de Final Fantasy. Acontece que boa parte dos fãs dessa franquia que conquistou milhões de jogadores foram se introduzindo aos poucos neste universo. FF VII foi o grande campeão, ainda que até hoje não tenho sido lançado um episódio ruim. É esse motivo que torna esse remake para o DS tão importante: a chance de conhecer um clássico de 1991.

Por mais que minhas expectativas eram altas, havia um certo receio. Afinal de contas, FF III foi apenas um bom jogo, e isso por causa de problemas da época (a simplicidade da história e do sistema de batalhas, por exemplo). Foi com grande surpresa que hoje pude contemplar um dos lançamentos mais importantes do ano para o portátil, e posso dizer com admiração que o salto do terceiro para o quarto episódio foi imenso, e isso se percebe logo nos primeiros momentos.

A complexidade da trama e a profundidade dos personagens me deixou sem palavras. Como, naquela época, e com aqueles gráficos, questões tão importantes eram abordadas em um jogo, de forma tão madura e inteligente? Os diálogos devem ter sofrido (no bom sentido) alterações, e com uma dublagem competente, bem como o posicionamento de câmeras nas cut-scenes (cenas não interativas) óbviamente aumentaram o impacto das cenas de história, ainda mais rodando no DS. O game ganhou modelos mais bem desenhados que o antecessor, e a trilha sonora parte para o mundo Final Fantasy que nós conhecemos, com canções belíssimas (a Theme of Love é simplesmente maravilhosa, e consigo até ver como ela poderia ser uma música respeitada caso não tivesse acompanhado um game), além de algumas clássicas da série. O sistema de batalha não faz feio dessa vez, introduzindo o ATB (Active Time Battle, uma espécie de "turnos em tempo real") e acrescentando novidades, como técnicas em conjunto. Tudo isso faz deste título um entretenimento inquestionável para os amantes dos RPGs.


A belíssima abertura do game:


Com tantos games da SE no DS, seu papel parece mais notório no portátil que o da própria Nintendo, e com todo esse recente alvoroço em torno de Final Fantasy XIII no X Box 360, não consigo deixar de pensar numa frase dita pela empresa quando se fundou (Square e Enix, antigas rivais): "Nosso objetivo é ser tão grande quanto a Disney já foi". Será que ela vai conseguir?

O Cavaleiro das Trevas: Impressões


Diego Araújo: Catatônico. Foi assim que eu fiquei quando acabou Batman: O Cavaleiro das Trevas. As luzes do cinema foram se acendendo e eu permanecia imóvel, de queixo caído. O novo filme do Homem-Morcego extrapola rótulos. É uma obra tensa, empolgante, perturbadora, impecável. Um filme sobre escolhas, sobre os limites do ser humano e sua sanidade. Acho que aquele caminhão, que todos viram capotar de forma espetacular nos trailers, é uma alegoria do que aconteceu com o pobre cérebro deste satisfeito cinéfilo que vos fala.
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Fernando Rodrigues: Dizer que O Cavaleiro das Trevas é o melhor filme de super-herói já feito não é elogio suficiente. O novo filme do morcegão consegue fugir totalmente aos padrões do gênero, e para ver isto, basta uma rápida comparação com Hulk, Homem de Ferro e todos os bons filmes de quadrinhos da ultima década. É um triller sombrio focado no embate entre Batman e o Coringa , numa história incômoda, fascinante e cheia de ação. Ah, Heath Ledger está simplesmente fantástico, realmente merecedor do Oscar.
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Daniel Rodrigues: Simplesmente o melhor filme do ano até o momento.
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Victor Martins: Misto de emoções durante cada cena. O filme comove, espanta, surpreende e deixa qualquer um perplexo em meio à ação e à roubada de cena do vilão. Este é responsável em causar dúvidas aos cidadãos de Gotham, que passam a se questionar se Batman é realmente um herói ou um perturbador.
The Dark Knight já é um dos melhores filmes do ano e porque não dizer um dos melhores do herói.
Agora fica a expectativa para saber quem conseguirá interpretar tão bem o Coringa como Heath Ledger e o que esperar da continuação. Se é que tem como ser tão brilhante como essa. Bom, pelo menos esperamos que seja possível.
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Rafael Ordóñez: "Jesus fuckin' Christ!!"

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Para ninguem criticar...

Por Fernando Rodrigues

Heath Ledger com seu novo Coringa.

Não que alguém de fato vá fazer isso, mas... é sempre bom lembrar como as coisas já foram um dia.



Até fico mais otimista.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Judas Priest - Nostradamus


Por Rafael Ordóñez

O Judas Priest, banda britânica formada no final dos anos 60, e que atualmente conta com Rob Halford no vocal, a dupla Glenn Tipton e K.K. Downing nas guitarras, o baixista Ian Hill, e Scott Travis nas baquetas, é de importância e popularidade não menos que invejável no cenário Heavy Metal mundial, tendo influenciado várias outras grandes bandas, não só no que concerne ao som, mas também no que se refere ao visual composto por adornos de couro e ferro.


Com uma discografia recheada de verdadeiros clássicos, como British Steel, Screaming For Vengeance e Painkiller, a banda agora presenteia os fãs com mais um trabalho de estúdio, o aguardado Nostradamus. Duplo, o álbum é conceitual e conta a história do profeta francês do século XVI Michel de Nostredame, popularmente conhecido como Nostradamus.

Por se tratar de um obra conceitual, foi realizado um excelente trabalho de ambientação em cima das faixas, ou seja, houve presença de orquestra e uso algumas vezes excessivo de teclados. O álbum já abre com a instrumental Dawn Of Creation, e introduz o ouvinte à um contexto diferente do que se espera de uma banda de Heavy Metal tradicional como o Judas Priest.

Ao decorrer das faixas, são encontradas passagens que rapidamente remetem ao álbum anterior, o ótimo Angel Of Retribution de 2005, onde já se pode encontrar algumas passagens mais experimentais, como na longa faixa Lochness. No entanto, ainda existe em Nostradamus o que muitos fãs esperam do "Padre Judas", ou seja, aquela velha pegada da banda que, de cara, já é assimilada por qualquer fã. É quase impossível não sair cantando o refrão de Prophecy após sua audição, e, apesar do uso de vários elementos para "enfeitar" o som, como corais e demais efeitos, a faixa título, penúltima do disco, é puro Judas Priest.

No mais, Nostradamus é quase todo ambientação, e como já disse, não muito do que se espera do som tradicional da banda. Se o objetivo foi experimentar em um álbum conceitual, ele está mais do que cumprido. Porém, no que se refere ao som, este último trabalho do Judas dividiu opiniões.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Hancock

Por Diego Araújo
Nunca se produziu tantos filmes de super-heróis como nesta década. A razão não é nenhum mistério: o fato é que o tema nunca deu tanto retorno aos estúdios. Depois de algumas tentativas sofríveis, Hollywood percebeu algo que os fãs de quadrinhos já sabiam há anos: estes personagens, um tanto excêntricos e bastante icônicos, também podem gerar histórias comoventes, profundas e divertidas. Enfim, abrangentes. Pois ao contrário do que se imaginava há algum tempo, os heróis são capazes de atrair um público bastante amplo – a prova são sucessos de bilheteria e crítica como Homem-Aranha 2, Homem de Ferro e Batman Begins.

Hancock se propôs a dar um passo além no estilo. A carta na manga? Investir em um roteiro original com um personagem nada convencional, interpretado por um dos astros mais carismáticos do cinema.

Will Smith (Eu sou a Lenda; À Procura da Felicidade) encarna um herói cujo “índice de aceitação pública” não é dos mais favoráveis. Alcoólatra, inconseqüente e boca suja, John Hancock definitivamente passa longe da imagem de campeão da justiça que os cidadãos esperam de um sujeito dotado de invulnerabilidade, vôo e super-força. Mesmo não deixando de cumprir sua “função”, suas ações estabanadas costumam causar mais prejuízo do que os próprios crimes que impede. Mas ele tampouco parece se importar. Ou pelo menos é o que pretende transparecer, entre uma garrafa e outra de vinho.

No entanto, a vida de Hancock toma rumos inesperados no dia em que ele salva a vida de Ray Embrey (Jason Bateman, de Juno), um relações públicas não muito bem-sucedido, porém bastante sonhador. Como forma de agradecimento, Ray toma como missão pessoal transformar a imagem do herói. A empreitada, porém, não é vista com bons olhos por sua esposa, Mary (Charlize Theron, Terra Fria; Monster), que demonstra um claro e crescente desconforto na presença de Hancock.

A primeira parte da trama enfoca basicamente a interação de Hancock com um mundo no qual é um ser claramente deslocado. A representação bastante realista da cidade de Los Angeles e sua relação com o superpoderoso é mostrada de maneira bastante fluída, com ótimas sacadas de humor. Competente como de costume, Smith consegue retratar um personagem palpável, que envolve emocionalmente a platéia. Por trás do jeito marrento do anti-herói, é possível enxergar alguém que gostaria de ser compreendido e aplaudido. O problema é que ele mal sabe algo sobre si mesmo, o que torna mais difícil que abandone sua expressão de poucos amigos.

Á medida que embarca em seu processo de “reabilitação”, porém, o protagonista é exposto a situações que revelam os verdadeiros motivos de sua solidão. Com isso, o segundo ato do filme sofre uma estranha mudança de rumos, ganhando uma carga dramática que não condiz com o que vinha sendo apresentado até então. Por um lado compreende-se a intenção dos autores de surpreender o público, abordando aspectos da relação entre os personagens até então impensados. A idéia, porém, é pouco aprofundada e sua execução deixa muito a desejar.

No balanço final, é certo que se esperava mais de Hancock. O que poderia ser uma produção revolucionária acabou perdendo tal potencial, devido ao roteiro que não soube amarrar bem os momentos dramáticos com os de comédia. Ainda assim, é um bom filme, que merece seu lugar no crescente gênero dos super-heróis.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

WALL-E


Por Fernando Rodrigues
Comecemos sem hipocrisia: não dá pra julgar um longa antes de assistir, mas eu já imaginava que de certa forma, WALL-E seria um grande filme. Digo isso pelo fato de que não tem como deixar de levar em conta o histórico avassalador de uma empresa como a PIXAR. De Toy Story (que continua sendo meu favorito), a Os Incriveis, Procurando Nemo e o mais recente Ratatouille, é de se esperar um certo padrão de qualidade. A sala do cinema (cheia, logicamente) estava empilhada de crianças, mas havia alguns adultos ali. E eu nem me importaria se não tivesse (como aconteceu com Carros), já que eu sei que a partir do momento que as luzes se apagassem e eu me deixasse levar pela ilusão do cinema, ficaria totalmente atraido por um desenho (permitam-me usar este termo) que agrada igualmente adultos e crianças, por possuir charme e acontecimentos inventivos que qualquer garoto se amarra, sem deixar com isso de construir um roteiro inteligente com personagens interessantes.

Neste quesito, WALL-E é a obra prima da PIXAR. Do momento em que vemos os créditos iniciais (com a ótima Put Your Sunday Clothes, mostrada frequentemente em um VHS) somos apresentados ao robo que dá nome à história, e a cada minuto conhecemos mais aquele indivíduo e descobrimos que seu charme, curiosidade a tudo que o cerca (repare o interesse que ele meche nos lixos) e um jeito bem humano conseguem a difícil tarefa de carregar a primeira parte da projeção nas costas (e digo difícil porque até certo ponto ele é o único personagem na tela e a capacidade do longa não entediar as crianças é digna de aplausos). Com a chegada de EVA, inicia-se um lento relacionamento, e aos poucos nos envolvemos com a dupla, em momentos que fluem como o de bons (e raros) filmes de Hollywood.

Técnicamente, o filme brilha, dando um pequeno passo à frente das obras anteriores da PIXAR. Mas fica o aviso: apesar de contar com sequencias plásticas absolutamente belas (como o balé espacial), o destaque de WALL-E foi mesmo a narrativa, portanto não esperem ver cenas de ação de cair o queixo como em Os Incríveis. Isso demonstra que o objetivo dos criadores foi produzir mais um bom filme do que um espetáculo visual. Destaque interessante também são as ótimas refencias, e aqui Kubrick ganha destaque com seu Odisséia no Espaço (um filme de 68, diga-se de passagem). O AUTO assume a forma de HAL 9000, o clássico robo de 2001. Além disso, seu memorável tema é ouvindo em certo momento, como também a música Blue Danube (que está no filme de Kubrick). São homenagens inteligentes e sutis, que demonstram o carinho da PIXAR pelo público mais velho.

Pecando apenas por desenvolver um terceiro ato que poderia causar mais impacto (algo que ocorreu com o ótimo Happy Feet, para dar um exemplo), WALL-E acaba criando um climax divertido, porém que não faz nenhuma rima na narrativa com seu inicio grandiosíssimo . Mas isso, de maneira alguma prejudica o resultado final. A genialidade das mentes por trás da PIXAR parece nunca esgotar, e essa é só mais mais uma prova de como é possível criar um filme sólido e cativante, que os pais vão querer sentar ao lado de seus filhos para assistir.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Luz, câmera, ação!

Por Fernando Rodrigues
O mundo do entretenimento não para. Do momento em que reuníamos para conversar a respeito deste blog até agora, caímos no chão com o tanto de novos produtos icônicos, alguns destes que podem (e devem) dominar uma geração. Indiana Jones, personagem clássico dos anos 80, volta ao cinema com um filme divertido e empolgante (ainda que não seja memorável). O verdão também retornou de cara nova, empalidecendo a versão de 2003 (de Ang Lee) com um elenco, direção e cenas de ação ímpares. No mundo dos games, foi lançado Metal Gear Solid 4, um dos títulos mais esperados do ano, cumprindo a enorme expectativa, ocupando um padrão de qualidade notável e um enredo marcante, características da série de Hideo Kojima. Veio também a recente e bombástica notícia de que a Blizzard está preparando Diablo 3.Na música, Cold Play volta com tudo, no diferente (ainda que bom) Viva La Vida or Death of All His Friends. Nos quadrinhos, Luke Ross foi confirmado como desenhista da série mensal O Capitão América. E, de voltas às telinhas, nesse final de semana pude contemplar o lançamento de Wall-E, novo filme da Pixar. Não é exagero dizer que se trata de uma obra de arte do cinema contemporâneo.
Ao lado de Diego Araújo, Rafael Ordóñez e Daniel Rodrigues (que ficará encarregado de produzir Charges todo domingo), o blog NO Anchovas irá tratar de diversos assuntos relacionados à digníssima cultura pop. De filmes, músicas, quadrinhos e games, você, caro leitor, está convidado para se informar a respeito desse maravilhoso mundo do entretenimento, tudo com uma dose do nosso temperinho especial. Sem anchovas, claro.